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Aprendizagem organizacional na nova administraçao pública

Por: Guimaraes, Tomás de AquinoColaborador(es): Souza, Eda Castro Lucas de | Centro Latinoamericano de Administración para el Desarrollo (CLAD) | Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública, 6 Buenos AiresDetalles de publicación: Brasília Universidade de Brasília. Programa da Pós Graduaçao em Administraçao 2001Descripción: 13 pTema(s): COMPORTAMIENTO ORGANIZACIONAL | CONGRESO CLAD 6-2001 | CULTURA ADMINISTRATIVA | GESTION PUBLICA | MODERNIZACION DE LA GESTION PUBLICA | BRASILOtra clasificación: INAP-AR:CD 45 Resumen: Este artigo tem como objetivo discutir as potencialidades e limites da aplicação do conceito de aprendizagem organizacional no contexto da nova administração pública, com ênfase para o movimento, iniciado em 1995, de reforma do aparelho do Estado brasileiro e de implantação de um novo modelo de gestão no setor público, denominado administração pública gerencial. Essa nova gestão pública apoia-se em conceitos como flexibilidade, autonomia, qualidade, participação, inovação e mudança. Neste contexto, o artigo procura analisar em que medida a mudança que ocorre nos processos de gestão de organizações públicas poderia resultar na existência de um ambiente de aprendizagem organizacional no setor público.A aprendizagem tem sido considerada como estratégia de competitividade ou como um meio para que as organizações, privadas e públicas, desenvolvam as competências de que necessitam para atuar no ambiente competitivo contemporâneo, no qual a mudança e a inovação constituem a regra e não a exceção. A aprendizagem organizacional divide-se em aprendizagem de ciclo simples, ou incremental, e de ciclo duplo, ou transformadora. Na primeira situação são alteradas atividades, processos e estratégias da organização e, na segunda, além de alterar estratégias e processos, a aprendizagem modifica também os valores organizacionais.As organizações que aprendem constróem, suplementam e organizam conhecimentos e rotinas em torno de suas atividades e dentro de suas culturas, e adaptam e desenvolvem a eficiência organizacional por meio da melhoria da utilização das suas competências. Isso requer um ambiente onde as pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar os resultados organizacionais, onde se estimulam padrões de pensamentos novos e abrangentes, a aspiração coletiva ganha liberdade e onde as pessoas aprendem continuamente a aprender juntas. Estabelece-se, assim, o ciclo de aprendizado, composto de cinco etapas, denominadas domínio pessoal, visão compartilhada, modelos mentais, aprendizado em equipe e pensamento sistêmico. Assim, o ambiente onde a aprendizagem ocorre requer uma cultura, valores, políticas, estratégias e rotinas sensíveis à mudança e que, portanto, facilitem o seu desenvolvimento.A aprendizagem organizacional tem ocupado um considerável espaço na literatura recente, embora seja um tema que vem sendo estudado desde o início da segunda metade do século XX. Muito embora esse tema possa ser considerado um senso comum na teoria organizacional, há uma reduzida literatura sobre sua aplicação em organizações públicas, o que justifica a oportunidade do presente artigo. É importante salientar também, que o conceito de aprendizagem organizacional, da mesma forma que inovação e mudança, incorpora um paradoxo. Ao mesmo tempo que uma organização organiza-se para evitar a incerteza e reduzir a diversidade, a aprendizagem implica aumentar a diversidade.O artigo considera, também, que as organizações públicas, estruturadas segundo os paradigmas da burocracia weberiana, apoiam-se em pressupostos como a divisão do trabalho, o formalismo e a hierarquia, os quais, em princípio, não favorecem a diversidade e o ambiente de aprendizagem. São apresentados e analisados alguns estudos sobre aprendizagem organizacional no setor público e sugerida uma lista de temas que poderá orientar a realização de estudos e pesquisas sobre o tema.
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Este artigo tem como objetivo discutir as potencialidades e limites da aplicação do conceito de aprendizagem organizacional no contexto da nova administração pública, com ênfase para o movimento, iniciado em 1995, de reforma do aparelho do Estado brasileiro e de implantação de um novo modelo de gestão no setor público, denominado administração pública gerencial. Essa nova gestão pública apoia-se em conceitos como flexibilidade, autonomia, qualidade, participação, inovação e mudança. Neste contexto, o artigo procura analisar em que medida a mudança que ocorre nos processos de gestão de organizações públicas poderia resultar na existência de um ambiente de aprendizagem organizacional no setor público.A aprendizagem tem sido considerada como estratégia de competitividade ou como um meio para que as organizações, privadas e públicas, desenvolvam as competências de que necessitam para atuar no ambiente competitivo contemporâneo, no qual a mudança e a inovação constituem a regra e não a exceção. A aprendizagem organizacional divide-se em aprendizagem de ciclo simples, ou incremental, e de ciclo duplo, ou transformadora. Na primeira situação são alteradas atividades, processos e estratégias da organização e, na segunda, além de alterar estratégias e processos, a aprendizagem modifica também os valores organizacionais.As organizações que aprendem constróem, suplementam e organizam conhecimentos e rotinas em torno de suas atividades e dentro de suas culturas, e adaptam e desenvolvem a eficiência organizacional por meio da melhoria da utilização das suas competências. Isso requer um ambiente onde as pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar os resultados organizacionais, onde se estimulam padrões de pensamentos novos e abrangentes, a aspiração coletiva ganha liberdade e onde as pessoas aprendem continuamente a aprender juntas. Estabelece-se, assim, o ciclo de aprendizado, composto de cinco etapas, denominadas domínio pessoal, visão compartilhada, modelos mentais, aprendizado em equipe e pensamento sistêmico. Assim, o ambiente onde a aprendizagem ocorre requer uma cultura, valores, políticas, estratégias e rotinas sensíveis à mudança e que, portanto, facilitem o seu desenvolvimento.A aprendizagem organizacional tem ocupado um considerável espaço na literatura recente, embora seja um tema que vem sendo estudado desde o início da segunda metade do século XX. Muito embora esse tema possa ser considerado um senso comum na teoria organizacional, há uma reduzida literatura sobre sua aplicação em organizações públicas, o que justifica a oportunidade do presente artigo. É importante salientar também, que o conceito de aprendizagem organizacional, da mesma forma que inovação e mudança, incorpora um paradoxo. Ao mesmo tempo que uma organização organiza-se para evitar a incerteza e reduzir a diversidade, a aprendizagem implica aumentar a diversidade.O artigo considera, também, que as organizações públicas, estruturadas segundo os paradigmas da burocracia weberiana, apoiam-se em pressupostos como a divisão do trabalho, o formalismo e a hierarquia, os quais, em princípio, não favorecem a diversidade e o ambiente de aprendizagem. São apresentados e analisados alguns estudos sobre aprendizagem organizacional no setor público e sugerida uma lista de temas que poderá orientar a realização de estudos e pesquisas sobre o tema.

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