Este paper procura analisar a literatura existente sobre o papel do gestor público municipal em processos de reforma administrativa da máquina pública caracterizada pela tendência da intersetorialidade na elaboração e implementação de políticas públicas e pela descentralização. A intersetorialidade implica em processos de trabalho onde pessoal de diferentes setores da máquina pública procuram trabalhar juntos e onde existe a necessidade de conciliar diferentes perspectivas profissionais e organizacionais. Ela implica também em reestruturação e redivisão de poder entre Secretarias como ocorre também com a descentralização.Este contexto apresenta desafios para o gestor público seja em termos da necessidade de uma maior interação com atores da sociedade seja com membros de diferentes níveis hierárquicos e de diferentes formações profissionais da máquina pública. Desse modo o que se pergunta é que atuação o gestor público pode ter neste tipo de mudança gerencial. A literatura existente diverge sobre a atuação do gestor público. De um lado ele é encarado como um ator que visa resolver o seu interesse próprio. Por outro lado, a despeito de pressões que porventura possam existir sobre o gestor público, ele é considerado como um ator relevante para o sucesso das mudanças na administração pública. Como conclusão tem - se que o gestor em processos de mudança gerencial se vê sujeito a pressões políticas que afetam a sua atuação a despeito dos objetivos das mudanças além dos aspectos culturais reproduzidos pelo seu comportamento. Por outro lado também se percebe que o gestor público pode ser sujeito de mudanças embora nem sempre totalmente bem sucedido. Assim a análise do gestor público não chega a uma conclusão definitiva mas sim ao reconhecimento de que o estudo deste ator deve levar em consideração as circunstâncias nas quais ele está Inserido e a sua capacidade de atuar com autonomia.

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