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Planejamento e cidadania : a universidade e o desenvolvimento regional

Por: Fonseca, Dante Ribeiro daColaborador(es): Centro Latinoamericano de Administración para el Desarrollo (CLAD) | Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública, 6 Buenos AiresDetalles de publicación: Porto Velho Universidade Federal de Rondonia 2001Descripción: 11 pTema(s): CIUDADANIA | CONGRESO CLAD 6-2001 | DESARROLLO REGIONAL | ESTUDIO DE CASOS | PLANIFICACION ESTRATEGICA | PROCESO DE PLANIFICACION | UNIVERSIDADES | BRASILOtra clasificación: INAP-AR:CD 45 Resumen: A partir da crença na capacidade do mercado capitalista em auto-regular as ofertas e demandas por ele mesmo geradas, o liberalismo clássico opõe-se frontalmente a qualquer intervenção do Estado na economia e na vida dos cidadãos, exceto naquilo que tange às suas funções soberanas. Essa crença, como ideologia, predominou até muito recentemente. Na prática sempre houve a intervenção, embora não houvesse a explicitação dessas políticas sob a forma de um planejamento centralizado por parte do Estado. O Estado, que desempenha o papel de agente propulsor de projetos econômicos e sociais pela via do planejamento, surge a partir de dois grandes eventos contemporâneos: a crise econômica mundial de 1929 e, paradoxalmente, a consolidação do Estado soviético.As primeiras formas de planejamento estatal, surgidas nas democracias representativas ocidentais e nos governos autoritários durante a década de vinte, refletiam bem as características daquele tempo de crises. Ao nível do econômico e social, o planejamento revelava-se uma poderosa arma para dar resposta às questões de crescimento e pleno emprego. Se até os anos vinte do século passado era impensável a explicitação de meios e fins para as políticas econômicas e sociais através do instrumento do planejamento, a partir daquela década essa ferramenta torna-se cada vez mais comum (do New Deal norte-americano à NPE soviética) no mundo.No último quartel do século passado o planejamento tradicional passa a ser questionado em função de um quadro de crescente dinamismo do mercado. Propõe-se então a síntese entre planejamento econômico e planejamento de ação do governo que consiste no planejamento estratégico e situacional, necessário para libertar o planejamento de sua camisa de força e conduzi-lo, como instrumento de ação, a operar em uma intersecção entre a estrutura hierárquica e a estrutura conflitiva.O presente trabalho tem por objetivo defender a tese de que, na região norte do Brasil, a universidade pública qualifica-se para a tarefa de colaborar para a criação de um ambiente adequado a essa nova filosofia. Referindo-nos ao caso de Rondônia, a experiência prática tem demonstrado o quanto pode ser útil a intervenção da universidade no sentido de apoiar a resolução de problemas nos vários setores da sociedade. Para dar idéia da variedade de ações desenvolvidas pela UNIR junto à sociedade rondoniense citarei apenas quatro delas. Outros recursos disponíveis, principalmente para aquelas áreas afetas ao desenvolvimento da cidadania, estão sendo perdidos por absoluta carência de pessoal qualificado. É papel da universidade, e interesse do poder público, utilizar-se desses recursos para o benefício da população. A ação da universidade, mesmo que pontual, pois não vemos uma finalidade institucional de caráter político no sentido estrito, é um poderoso agente alavancador do desenvolvimento do estado.
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A partir da crença na capacidade do mercado capitalista em auto-regular as ofertas e demandas por ele mesmo geradas, o liberalismo clássico opõe-se frontalmente a qualquer intervenção do Estado na economia e na vida dos cidadãos, exceto naquilo que tange às suas funções soberanas. Essa crença, como ideologia, predominou até muito recentemente. Na prática sempre houve a intervenção, embora não houvesse a explicitação dessas políticas sob a forma de um planejamento centralizado por parte do Estado. O Estado, que desempenha o papel de agente propulsor de projetos econômicos e sociais pela via do planejamento, surge a partir de dois grandes eventos contemporâneos: a crise econômica mundial de 1929 e, paradoxalmente, a consolidação do Estado soviético.As primeiras formas de planejamento estatal, surgidas nas democracias representativas ocidentais e nos governos autoritários durante a década de vinte, refletiam bem as características daquele tempo de crises. Ao nível do econômico e social, o planejamento revelava-se uma poderosa arma para dar resposta às questões de crescimento e pleno emprego. Se até os anos vinte do século passado era impensável a explicitação de meios e fins para as políticas econômicas e sociais através do instrumento do planejamento, a partir daquela década essa ferramenta torna-se cada vez mais comum (do New Deal norte-americano à NPE soviética) no mundo.No último quartel do século passado o planejamento tradicional passa a ser questionado em função de um quadro de crescente dinamismo do mercado. Propõe-se então a síntese entre planejamento econômico e planejamento de ação do governo que consiste no planejamento estratégico e situacional, necessário para libertar o planejamento de sua camisa de força e conduzi-lo, como instrumento de ação, a operar em uma intersecção entre a estrutura hierárquica e a estrutura conflitiva.O presente trabalho tem por objetivo defender a tese de que, na região norte do Brasil, a universidade pública qualifica-se para a tarefa de colaborar para a criação de um ambiente adequado a essa nova filosofia. Referindo-nos ao caso de Rondônia, a experiência prática tem demonstrado o quanto pode ser útil a intervenção da universidade no sentido de apoiar a resolução de problemas nos vários setores da sociedade. Para dar idéia da variedade de ações desenvolvidas pela UNIR junto à sociedade rondoniense citarei apenas quatro delas. Outros recursos disponíveis, principalmente para aquelas áreas afetas ao desenvolvimento da cidadania, estão sendo perdidos por absoluta carência de pessoal qualificado. É papel da universidade, e interesse do poder público, utilizar-se desses recursos para o benefício da população. A ação da universidade, mesmo que pontual, pois não vemos uma finalidade institucional de caráter político no sentido estrito, é um poderoso agente alavancador do desenvolvimento do estado.

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