Tipo de ítem | Biblioteca actual | Solicitar por | Estado | Fecha de vencimiento | Código de barras |
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Libro |
Biblioteca Central
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INAP-AR:D.14/96 | Disponible | 015838 |
A construção de consensos progressistas na política externa dos governos de Argentina, Brasil, Chile e Uruguai Terra Friedrich Budini pp. 11-33
La política exterior de la era Kirchner Pedro Brieguer pp. 35-61
A política externa do Brasil Valter Pomar pp. 63-95
Progresismo y política exterior de Chile Cristián Fuentes pp. 97-134
El caso uruguayo Carlos Luján pp. 135-176
A crescente inserção de países como Argentina, Brasil, Chile e Uruguai nos espaços de debate e concertação sobre a redefinição da arquitetura política e econômica internacional, resultou em um maior protagonismo da política externa nos processos decisórios internos a esses governos. Hoje, ao lado de temas clássicos da política externa, como as negociações da Organização Mundial do Comércio, hoje realizadas mais pela burocracia desta organização do que em função da estancada Rodada Doha; a complexa redefinição de competências na Organização das Nações Unidas; ou mesmo as negociações sobre os processos de integração regional; o mundo busca obter consensos sobre a redução da emissão de gases de efeito estufa, a não proliferação e redução de armamento nuclear, as metas para diminuir a pobreza mundial etc. Decisões tomadas em fóruns multilaterais têm consequências sobre o formato e alcance de algumas políticas públicas domésticas. Esta é uma realidade cada vez mais presente na vida cotidiana de cidadãs e cidadãos. De forma crescente, fica evidente a interface entre políticas externas e políticas domésticas. Esta relação explicita a face política da atuação internacional dos governos. Embora parte dos analistas internacionais busque refutar tal evidência, tem sido recorrente a observação de que as populações dos países são mais ou menos impactadas, segundo as escolhas estratégicas internacionais realizadas pelos governantes. A política externa de um país, assim como todas as suas demais políticas públicas, não pode ser considerada uma política neutra. O fato de ser uma política de Estado, não a credencia como acima dos interesses de grupos. A propalada “defesa do interesse nacional” não tem um significado em si, tal desejo também é uma construção coletiva. Adjetivando o que deve ser adjetivado, uma política externa será mais ou menos progressista a depender da vontade de seus governantes. Segundo o cientista político brasileiro José Luiz Fiori, em seu artigo eletrônico,Presentación 8 “O debate da política externa: os progressistas”(1), (...)“não é possível conceber uma política externa progressista e inovadora que não questione e enfrente os consensos éticos e estratégicos das potências que controlam o núcleo central do poder mundial. (...) Do lado oposto, fica mais fácil de definir e identificar as características essenciais de uma política externa conservadora. (...) os conservadores não se propõem mudar a distribuição do poder internacional, nem questionam a hierarquia do sistema mundial.” Nesse sentido, e corroborando com as afirmações de Fiori, trata-se de uma decisão política promover uma inserção internacional soberana ou subserviente. Trata-se de uma escolha, que deverá refletir, inclusive, a disputa de poder dentro do próprio governo. A depender da correlação de forças internas, tanto as políticas domésticas como a externa podem ser alteradas.(2) Este livro – Política externa progressistas: uma leitura a partir dos governos do Cone Sul – comparte das inquietações a respeito do tipo de diferencial promovido pelos governos progressistas de Argentina, Brasil, Chile e Uruguai na política externa de seus países. Para tanto, a Rede de Fundações e Centros Progressistas do Cone Sul e a Fundação Friedrich Ebert na Argentina, Brasil, Chile e Uruguai, organizaram, em setembro de 2009, um debate com especialistas em política externa desses quatro países.
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