O presente documento tem como objetivo retratar como a implantação de um centro de formação na Secretaria Municipal de Assistência Social de São Paulo vem sendo utilizado como uma das estratégias para a difusão e geração do conhecimento num contexto de transformação de um sistema composto por ações desconexas, com atores não integrados e um conteúdo e lógica estigmatizante, numa política pública com comando central e ação territorial com garantia de direitos e promoção da cidadania. A experiência ora relatada traz como pano de fundo um diagnóstico inicial encontrado na Secretaria Municipal de Assistência Social, em março de 2002, onde se destacam três elementos essenciais: a perda da capacidade de acumular e gerar conhecimento na construção da Política Pública de Assistência Social da cidade de São Paulo; a fragmentação de ações e programas aliado à falta de modernidade gerencial e a desarticulação e estagnação técnica dos diferentes atores envolvidos nesta política. Aliado a isto, no ano de 2003 a Prefeitura do Município de São Paulo, passa a atuar de maneira descentralizada, em 31 subprefeituras. Isto significa que as Supervisões de Assistência Social passam a estar sob o comando administrativo da Subprefeitura e tecnicamente ligadas à Secretaria Municipal de Assistência Social - SAS, o que demonstra ainda mais, a importância da criação de um espaço que colabore com a difusão e geração das políticas e programas de assistência social. É nesta conjuntura que nasce o Espaço Público do Aprender Social - ESPASO - uma instituição de formação, capacitação e geração de conhecimento social, que vem contribuir para o processo de transformação paradigmática da assistência social, partindo de um modelo residualista e tutelar da assistência social para a construção de uma política de proteção social.O ESPASO surge não só com a proposta de colaborar com a formação dos diferentes atores envolvidos nesta política, mas de fomentar a produção e a difusão de conhecimento e a cooperação técnica, disseminando princípios gerais da política de assistência social, qualificando as relações com as organizações sociais, compartilhando know how, articulando ações, valorizando os diferentes saberes, enfim criando não só uma rede de conhecimentos, mas uma rede de profissionais que estejam em consonância com a Política Pública de Assistência Social.

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