Um dos pontos mais sensíveis na gestão do conhecimento é o desenho de sistemas organizacionais que valorizem a capacidade individual de produzir o capital intelectual e que incentivem práticas que conduzam ao desenvolvimento de organizações que aprendem. A aprendizagem organizacional é um tema já bem conhecido nas disciplinas de organização, sendo um fenômeno sistêmico que permanece, independentemente das pessoas, já que se considera que as organizações sejam dotadas de sistemas cognitivos que elas mesmas desenvolvem e vão sendo impregnados na sua cultura por meio, principalmente, de rotinas ou procedimentos, sendo mais visíveis em momentos que o conhecimento acumulado já não responde mais aos desafios impostos (crises).Defende-se, neste texto, a adoção de forma mais sistemática do desenvolvimento de competências (aqui entendidas como um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e experiências das pessoas e o quanto elas adquirem, usam, compartilham esses conhecimentos para o alcance mais efetivo das metas e objetivos organizacionais) para propiciar o desenvolvimento de formas de aprendizagem organizacional que respondam de forma mais rápida aos múltiplos e multidisciplinares desafios apresentados às organizações públicas na atualidade. Entende-se, por gestão por competências, o uso mais efetivo de conceitos e práticas aceitas em gestão do conhecimento à gestão de RH, a partir de um ponto de vista estratégico, integrando idéias, conceitos e práticas de gestão de pessoas. Apresentam-se, igualmente, propostas de inovações institucionais e jurídicas para a adoção dessas práticas, revelando ainda quanto se precisa avançar na administração pública brasileira no sentido de desenvolver um real sistema do mérito e do cultivo ao espírito do "público".

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