O ritmo da sociedade global do conhecimento e a hipermodernidade (Lipovetsky, 2004) geram profundas transformações no campo da administração. As ferramentas de gestão utilizadas nas empresas são caracterizadas pela agilidade e flexibilidade quando comparadas com as práticas na esfera pública. Porém, os equívocos originados a partir das exigências da competição exacerbada e da implantação precipitada de modismos administrativos devem ser objeto de especial atenção. Os erros nas ações do poder público têm um alcance ampliado, com a possibilidade de impactos devastadores para a vida social. Por outro lado, as atividades públicas têm necessidades notórias de melhoria de desempenho. Especialmente nos países em desenvolvimento, em função da crise fiscal do estado, é exigência da contemporaneidade a otimização dos recursos escassos, através de esforços de profissionalização da gestão. Sob essas condições, as ferramentas mais modernas disponíveis para gestão organizacional são constantemente avaliadas quanto à possibilidade de transposição com sucesso para o setor público. São inúmeras as iniciativas já testadas de aplicação de ferramentas, a exemplo da qualidade total e da terceirização. Há também fracassos, explicados a partir de elementos qualificadores, com destaque para a forma de implantação, experiência da equipe executora, comprometimento da liderança formal, infra-estrutura e recursos disponíveis. As demandas da sociedade têm evoluído qualitativa e quantitativamente, com uma cobrança cada vez maior sobre a atuação do Estado, seja através da disponibilização de serviços, da solução de problemas históricos ou de novas exigências, como a transparência dos gastos públicos e o controle social das atividades. Todos esses fatores contribuem para uma mobilização do novo Estado, que incorpora as melhores práticas de gestão da sociedade, especialmente das organizações civis organizadas e das empresas, para trilhar o caminho da excelência na gestão pública.Esse trabalho destaca a aplicação dos conhecimentos de gestão e a tecnologia como aspectos fundamentais dos esforços desenvolvidos pela gestão pública no estado da Bahia, no sentido de avançar para o aperfeiçoamento das ações e atender de forma mais qualificada às demandas da sociedade. A gestão vista como instrumento de planejamento, organização, direção e controle, nos moldes de Henri Fayol, mas, principalmente, influenciada pelas exigências atuais, adotando uma perspectiva de foco na sociedade, definindo rumos a partir de demandas atuais e futuras. A tecnologia percebida enquanto esfera fundamental de viabilização das necessidades sociais, garantindo agilidade, precisão e facilidade na prestação de serviços públicos.A partir de um referencial teórico e contextual, é analisado, no âmbito do Governo do Estado da Bahia, o processo de profissionalização da gestão da Fundação de Amparo à Pesquisa.

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