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Responsabilidade social : uma responsabilidade de todos

Por: López Parra, Marcelo FernandoColaborador(es): CLAD | Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública, 9 MadridDetalles de publicación: Rio de Janeiro Fundaçao Getulio Vargas. Escola Brasileira de Administraçao Pública e de Empresas 2004Descripción: 14 pTema(s): CONGRESO CLAD 9-2004 | DOCUMENTO TEORICO O METODOLOGICO | EMPRESAS | ETICA | POLITICA SOCIAL | RELACIONES ESTADO Y SOCIEDAD | RESPONSABILIDAD SOCIALOtra clasificación: INAP-AR:CD 45 Congreso IX Resumen: As grandes transformações tecnológicas, o desemprego, as desigualdades sociais e a degradação ambiental marcam a sociedade contemporânea. Enquanto o individualismo e a competição norteiam as relações sociais.E o homem, ao tempo que se percebe vítima, também reconstrói a condição de sujeito e de cidadão, procurando soluções que não dependam unicamente das instituições às quais, tradicionalmente, era atribuída a responsabilidade pela condução e solução dos problemas sociais.Nesta contextualização, há o evidente retorno à "preocupação com a ética", as novas concepções das organizações publicas e privadas socialmente responsáveis e a busca do efetivo acesso das populações economicamente desfavorecidas à riqueza e ao conhecimento produzidos pela sociedade, colocando-se em destaque as cooperativas e outros espaços privados como meios primordiais para a promoção da cidadania.O conceito de responsabilidade social é, assim, um fruto das profundas críticas sociais, legais, éticas e econômicas que as empresas, inspiradas nos parâmetros produtivos de uma economia de mercado, têm vindo a sofrer.Sem dúvida, esse conceito tem fortes conotações legais, políticas e ideológicas, constituindo um ponto polemico para os vários estudiosos do tema. Dada a sua contingencialidade, a sua amplitude não é igual em todos os países ou regiões. Se em determinados locais o conceito é mais evidente, noutros vai surgindo mais timidamente; se para uns o conceito é positivo e essencial, para outros ele é negativo e dispensável, dentro dos atuais parâmetros que assume.Porém, apesar destes aspectos, a resposta que hoje se dá à pergunta "perante quem a organização é responsável?" tem conotações e abrangências mais amplas do que em períodos anteriores. Isto porque, muitas das organizações que há uns anos se consideravam responsáveis apenas perante a lei, hoje consideram-se responsáveis por todos os seus elementos internos e pelos externos. Hoje há uma percepção de que todos somos responsáveis: Estado, as corporações privadas e a comunidade. Neste contexto, problemas sociais, ambientais e trabalhistas, que antes eram percebidos como uma responsabilidade exclusiva das instituições públicas, hoje tendem a serem discutidos pelas organizações privadas e a fazer parte das suas preocupações centrais. Perante este cenário, é natural que as empresas comecem a preocupar-se em adotar instrumentos de gestão baseados em princípios éticos, representados pela responsabilidade social corporativa. E principalmente as organizações públicas se sentem pressionadas por manter um nível de legitimidade aceitável com a sociedade.È necessário analisar a inter-relação das responsabilidades do setor público, da sociedade e das empresas como uma forma de entender os componentes éticos e organizacionais dos novos processos pela qual a humanidade esta atravessando.
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As grandes transformações tecnológicas, o desemprego, as desigualdades sociais e a degradação ambiental marcam a sociedade contemporânea. Enquanto o individualismo e a competição norteiam as relações sociais.E o homem, ao tempo que se percebe vítima, também reconstrói a condição de sujeito e de cidadão, procurando soluções que não dependam unicamente das instituições às quais, tradicionalmente, era atribuída a responsabilidade pela condução e solução dos problemas sociais.Nesta contextualização, há o evidente retorno à "preocupação com a ética", as novas concepções das organizações publicas e privadas socialmente responsáveis e a busca do efetivo acesso das populações economicamente desfavorecidas à riqueza e ao conhecimento produzidos pela sociedade, colocando-se em destaque as cooperativas e outros espaços privados como meios primordiais para a promoção da cidadania.O conceito de responsabilidade social é, assim, um fruto das profundas críticas sociais, legais, éticas e econômicas que as empresas, inspiradas nos parâmetros produtivos de uma economia de mercado, têm vindo a sofrer.Sem dúvida, esse conceito tem fortes conotações legais, políticas e ideológicas, constituindo um ponto polemico para os vários estudiosos do tema. Dada a sua contingencialidade, a sua amplitude não é igual em todos os países ou regiões. Se em determinados locais o conceito é mais evidente, noutros vai surgindo mais timidamente; se para uns o conceito é positivo e essencial, para outros ele é negativo e dispensável, dentro dos atuais parâmetros que assume.Porém, apesar destes aspectos, a resposta que hoje se dá à pergunta "perante quem a organização é responsável?" tem conotações e abrangências mais amplas do que em períodos anteriores. Isto porque, muitas das organizações que há uns anos se consideravam responsáveis apenas perante a lei, hoje consideram-se responsáveis por todos os seus elementos internos e pelos externos. Hoje há uma percepção de que todos somos responsáveis: Estado, as corporações privadas e a comunidade. Neste contexto, problemas sociais, ambientais e trabalhistas, que antes eram percebidos como uma responsabilidade exclusiva das instituições públicas, hoje tendem a serem discutidos pelas organizações privadas e a fazer parte das suas preocupações centrais. Perante este cenário, é natural que as empresas comecem a preocupar-se em adotar instrumentos de gestão baseados em princípios éticos, representados pela responsabilidade social corporativa. E principalmente as organizações públicas se sentem pressionadas por manter um nível de legitimidade aceitável com a sociedade.È necessário analisar a inter-relação das responsabilidades do setor público, da sociedade e das empresas como uma forma de entender os componentes éticos e organizacionais dos novos processos pela qual a humanidade esta atravessando.

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