As possibilidade das classes pobres e da própria Polícia obterem segurança pública no Brasil é discutida, nesse artigo, evidenciando as formas que eles utilizam para fazer frente as violências das desigualdades sociais e da ausência da proteção institucional do Estado.Essas formas que se pretende demonstrar, configuram dois mecanismos de proteção do indivíduo, de natureza diferente: um, conformado dentro da ordem social instituída; o outro, caracteriza-se por formas de proteção individual na contravenção social, portanto, com base em valores constituídos pela cultura da violência social. Eles serão discutidos a partir do quadro traçado pelas famílias e pelos policiais, na perspectiva de se defenderem da insegurança social, isto é, das agressões às suas vidas e da criminalidade crescentes nas áreas populares da cidade do Salvador. No contexto analisado, estas duas modalidades de procurar segurança, expressam a gravidade da situação no que se refere à insegurança em que vivem as camadas populares e a policia e, portanto, constituem um dos desafios para a gestão da segurança pública, pautada pela ausência de proteção institucional do Estado.

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