No Brasil, nos anos 90, o processo de reforma do Estado baseia-se em um tríplice diagnóstico: uma crise fiscal crescente, uma exaustão das formas protecionistas de intervenção na economia e uma administração pública considerada excessivamente burocrática e ineficiente. A construção da capacidade de Estado, assentada principalmente no conceito de eficiência, é assumida como objetivo central da Reforma do Estado brasileiro e de seus aparelhos.A reforma setorial traz mudanças nas relações sociais (políticas, econômicas e normativas) até agora existentes entre o Estado, a população e os agentes (financiadores, produtores e provedores), da produção de serviços de saúde. O objetivo deste estudo é avaliar impacto do conceito de eficiência na organização e produção de uma instituição pública de saúde. Realizamos um estudo de caso em um hospital público, universitário, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais analisando como o conceito de eficiência se manifesta: nos vários tipos de textos produzidos na instituição em estudo e no comportamento de indicadores selecionados de produção entre 1994/2000.Constatamos que através de estratégias adaptativas de mudança organizacional, aumento da produção e busca de novos parceiros/financiadores o Hospital das Clínicas procura contornar este ambiente de "turbulências", com restrições orçamentárias e novas regras do jogo.

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