Este artigo tenciona refletir sobre o fenômeno da crescente inserção de unidades federadas, regiões e cidades no cenário internacional, envolvendo especificamente os limites e possibilidades que as diferentes formas de atuação externa apresentam ao fortalecimento da capacidade de gestão dos governos locais. O fenômeno da ascensão dessas instâncias subnacionais de governo como atores internacionais emerge com a dupla finalidade de promover a inserção de seus territórios no cenário global e controlar seus efeitos socialmente desintegradores.Além disso, incorpora a atual abordagem de desenvolvimento econômico, que atribui menor importância às políticas dos estados centrais e enfatiza os fatores presentes nas próprias regiões e localidades. Essas possibilidades intervenção no plano internacional recolocam em pauta a importância do desenvolvimento de estratégia de ação municipal - articulada com as forças partidárias e sociais e com as demais esferas de governo. Daí a relação que se estabelece entre a capacidade de afirmação de uma política local (ou estadual) de desenvolvimento, a ação coordenada no plano nacional e a intervenção externa, num contexto cada vez mais interdependente.

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